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Eu Amo Jornalismo
Há um ano, 2011, com meus 18 anos recém completados, eu estava em um banco em frente a sala que acolheria a primeira aula na faculdade. Sentia a ansiedade do primeiro dia do primeiro semestre secar a minha boca e corroer a minha imaginação. Não sabia o que esperar. Vi uns conhecidos passando no outro corredor, rindo, mostrando todo o conforto de ser veterano. Não quis supor que estivessem me olhando e gritando em silêncio: quem é esse? Ora, quem é esse. Esse era eu, sentado desajeito e ansioso, sem esboçar nenhum sorriso e achando que enfermagem pudesse ser a profissão da minha vida. 
Passei um ano, enlouquecendo com essa decisão sufocante e cheia de pressão. Cada dia que passava era um dia a menos de estudo e um dia mais próximo do maldito vestibular. 
Sempre me achei capaz de tudo, no sentido de que se me dedicasse a aprender, eu aprenderia. Até que o dia não esperado, porém inevitável, da inscrição chegou e tive que decidir. A pergunta que eu menos esperava foi feita quase pausadamente pelo  cara que que facilitava a vida dos vestibulandos que estavam a com a paciência atacada: e aí, qual o seu curso? 
Sempre paro quando alguma pergunta que vai ter um efeito significativo na minha vida é feita. Paro, e fico calado, quase em choque. Pensei numas possibilidades com o pouco conhecimento que tinha dos cursos e fiquei com a Enfermagem. Fiquei e disse: está escolhido. 
Cursei um semestre e deixei o curso. Essa minha cabeça ativa me fazia sair da enfermagem para o Jornalismo em segundos.  Já vinha pensando em fazer isso desde o meio do semestre, mas não queria abandonar tudo e ficar sem um rumo. Ficar sem fazer nada me deixa impaciente. E eu gostava do curso, das cadeiras, de anatomia, citologia, coisas que todos da minha turma não  gostrava ou tinha dificuldade, menos eu. O que me deixava em pânico era o consultório, o medo de prejudicar o paciente me afligia, dar anestesia, injeção, medicação, fazer curativos... 
Numa noite, quando minha Mãe já estava deitando só esperando o sono chegar, entrei no quarto, sentei na cama e disse: vou deixar a enfermagem, quero Jornalismo. Ela fez todas aquelas perguntas para ter certeza que eu tinha certeza da minha decisão. Fiz intensivo, vestibular, encarei toda aquela tensão de resultado durante meses, mas passou. 
Hoje, com meus 19 anos, sentado numa das mesas lá da faculdade, onde estava vendo meu primeiro jornal impresso,  lembrei do ano passado, quando estava lendo meu primeiro texto sobre bioquímica e percebi o quanto era diferente aquilo na minha vida. Vi meu notbook, câmera, canetas e vi que estava fazendo a coisa certa, com as coisas certa e com o coração certo da decisão que eu tomei.
Em fim, vou terminando meu primeiro semestre e estou adorando o curso que escolhi. 
Eu Amo Jornalismo e sei que serei feliz. 
Amém. 
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Desculpem-me a ausência. Minha vida sofreu um processo de adaptação. Tá tudo normal, agora, só me falta tempo.
beijo torto 
 





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



 
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