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1984 de George Orwell
Olá gente, para a cadeira de Teorias de Comunicação, vim a ler o livro 1984 de George Orwell. O livro é a principal obra do autor e alguns críticos afirmam que esse é melhor livro do século XX. A obra foi traduzida para mais de 65 línguas e teve milhares de cópias vendidas. O livro traz uma visão política e manipuladora dos meios de comunicação e do governo. Confesso que a linguagem é cansativa, mais surpreendente e adorei este livro, que me fez pensar nos meus padrões de liberdade. Abaixo, segue o meu relatório que tive que fazer do livro. E ilustrações que Eu mesmo fiz, com base em imagens do filme com mesmo título do livro. Quero muito ver a versão cinematográfica do livro.
“Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado”
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1984 de George Orwell ilustração por Flahvioh Soarez |
Em 1984 o autor Geroge Orwell faz uma metáfora com a realidade que
inexoravelmente estamos construindo. Uma realidade futurística a qual hoje se
torna presente. Uma liberdade a qual nós não é dada, com os avanços
tecnológicos perdemos a nossa privacidade; avanços que propiciam vigilância
total; destruição ou manipulação da memória histórica dos povos; e guerras para
assegurar a paz já fazem parte do nosso mundo. Até onde a ciência pode atingir?
Até que ponto as câmeras de segurança
espalhada pelas ruas invadem a nossa privacidade? Até que ponto as diferentes
classes e os governantes entrarão em conflitos pelos direitos humanos? E até onde um governo
pode usar a tecnologia para manter a paz em seu país? O livro traz uma excelente mensagem do que nós
não queremos nos tornar, e do quão perigoso um regime totalitarista pode vir a
ser.
Em 1984, a população do Império da Oceania vive
aprisionada na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada
pelo Partido, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Winston é um funcionário do Ministério da Verdade da
Oceania. Ele não tem muita memória de sua infância ou dos anos anteriores à
mudança política e, é um homem
silenciosamente revoltado com as condições políticas de seu país.
O Partido, ou, O Grande Irmão controlam tudo. E Winston
percebe que não importa o que faça, o Partido tem suas formas de descobrir a
verdade. Winston não pode escapar do Partido, mas não consegue entender as
motivações da forma do mesmo agir.
Cada movimento era vigiado pelas Teletelas, que são
espécies de televisão que não só podem transmitir como também recolhem imagens
do que estiver à sua frente. Em todos os lares dos membros do Partido,
praças, ruas e locais públicos, as teletelas
transmitem a ideologia do Partido. Mais do que isso, captam todos os
movimentos de seus filiados. Nela passam programa que exaltam o governo e o
Grande Irmão e rejeita Goldstein, um traidor do partido como era chamado.
Servia também para que os representantes do Governo saibam o que cada habitante
está fazendo, evitando e destruindo possíveis revoltas.
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1984 de George Orwell ilustração por Flahvioh Soarez |
A ideia das teletelas era tornar o partido
Onipresente. O Grande Irmão é visto em
cartazes espalhados por toda a Oceania. Apesar de estar sempre presente, ele
jamais apareceu em público. O Grande Irmão talvez não seja uma pessoa real,
pois ninguém nunca o viu. Mas o slogan
do Partido “O Grande Irmão zela por ti”; seus feitos nas guerras; seu trabalho
duro para melhorar a condição de vida do povo da Oceania; e sua liderança firme
e constante nas propagandas do Partido, conduz o povo da Oceania a acreditar na
sua presença e existência. A eficiência do Partido é maior: faz com que o povo
não só acredite na existência do Grande Irmão, mas o ame e o idolatre. Em um
mundo onde o Estado domina e nada é de ninguém, mas tudo é de todos, talvez,
tudo que reste de privado seja alguns centímetros quadrados no cérebro.
O Estado controlava o pensamento dos cidadãos
por meio de muitos métodos, entre eles a Novilíngua, uma língua em construção que
quando terminada impediria a expressão de qualquer opinião contrária. A palavra
mais difundida da Novilíngua é Duplipensar, que consistia a um conceito segundo
o qual é possível ao indivíduo conviver simultaneamente com duas crenças
diametralmente opostas e aceitar ambas. Expressão usada no lema do Estado: Guerra
é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força. Ou seja, o estado faz com
que os encoragem seja o mesmo que os oprima.
Este duplipensar
está presente nos ministérios que comandam o Estado. O Ministério da Fartura, que é
encarregado de manter a fome; o Ministério
da Verdade, que tinha o dever de manipular fraudulentamente as notícias,
levando os cidadãos à crença somente do que lhes é permitido, mudando
constantemente o passado para que o Grande Irmão estivesse sempre certo e era
aonde Winston trabalhava; o Ministério
da Paz, que se ocupa em engendrar a guerra; e o Ministério do Amor, que reprimia o sexo e estimulava o ódio
entre as pessoas, para que o amor se dirigisse apenas ao Grande Irmão. O Ministério do Amor também se
encarregava de capturar, torturar, punir, reeducar e vaporizar quem cometesse crimidéia
através da Polícia do Pensamento.
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1984 de George Orwell ilustração por Flahvioh Soarez |
Em determinado dia durante “Dois minutos do ódio”, Winston
percebe que Obren, outro colega de trabalho com um olhar tão insatisfeito
quanto o seu. O ódio pelo
Partido vai se aflorando, de forma que fique cada vez mais difícil esconder
suas verdadeiras opiniões a respeito de toda a situação.
Com uma revolta começando dentro de Winston,
ele parte a fazer visitas a bairros para perguntar às pessoas como era a vida
antes da implantação dos métodos do estado, mas os idosos só lembram
futilidades e coisas pessoais. Numa dessas visitas, descobre um quarto antigo
sem teletelas. Após essa visita, Winston vê uma mulher a qual desconfia ser espiã
da Polícia do Pensamento, polícia técnica que tinha por objetivo descobrir o
que cada pessoa pensava por meio de seus atos. No dia seguinte, encontra a
mesma mulher no Ministério da Verdade, e quando passa por ela, há um esbarrão e
ele recebe um papel dela, no qual está escrito “Eu te amo”. Era proibido então
que duas pessoas que trabalhassem no partido tivessem algum tipo de relação a
não ser a laboral. Júlia uma
secreta “rebelde da cintura para baixo", que elogia as doutrinas, é
militante do Partido, enquanto vive secretamente em contradição com elas.
Os dois viram amantes, mais O’Brien na verdade é agente do
governo e engana Winston e Julia fazendo-os acreditar que ele é um membro da
resistência, e convencendo-os a aderir a esta, e depois usa isso contra eles
para torturá-los.
O destino para os que fossem acusados de
cometer crimidéia era o mesmo:
ser vaporizado e virar impessoa, ou seja, o Estado apagaria
todos os registros daquela pessoa como se ela nunca tivesse existido. Não
tratava apenas de eliminar alguém que cometesse algum crime, mas fazer com que
ela nunca tivesse nascido. Obren não apenas separa o casal mais os convence-os de que eles não devem apenas
obedecer, mas amar o Big Brother.
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1984 de George Orwell ilustração por Flahvioh Soarez |
Esta vaporização, em tempos de ditadura militar foi usada
pelo governo. Época que muitas pessoas foram aniquiladas, ou simplismente
fugiram para outro pais para não morrer, muitas foram presas e torturadas. Uma
pergunta o livro nos deixa, até que ponto a mídia pode invadir a casa dos
telespctadores, pode manipular a sua mente e como será a sua reação, aceitar o
que é lhe imposto ou resistir? Será que em pleno século XXI somos livres?
1984 não é apenas mais um livro de política,
mas uma metáfora de uma realidade que inexoravelmente estamos construindo. Para
exemplificar, invasão de privacidade; avanços tecnológicos que propiciam
vigilância total; destruição ou manipulação da memória histórica dos povos; e
guerras para assegurar a paz já fazem parte do nosso mundo. Até onde a ciência
pode atingir? Até que ponto as câmeras de segurança
espalhada pelas ruas invadem a nossa privacidade? Até que ponto as diferentes
classes e os governantes entrarão em conflitos pelos direitos humanos? E até onde um governo
pode usar a tecnologia para manter a paz em seu país? O livro traz uma excelente mensagem do que nós
não queremos nos tornar, e do quão perigoso um regime totalitarista pode vir a
ser.
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