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A Garota Dinamarquesa
Estou com os olhos marejados ainda, ontem assisti A garota Dinamarquesa, aqui no conforto da minha casa, lembrando que estreia nos cinemas brasileiros no dia 25 deste mês. O filme está entre os indicados ao Oscar, na lista divulgada hoje em quatro categorias em Melhor Ator, Melhor atriz coadjuvante, Melhor edição e direção de Arte. Esse filme me tocou muuuuito e nos faz pensar sobre uma questão muito delicada, a transexualidade e o preconceito.
Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.
Elinar e Gerda, são um casal de artitas com uma relação muito muito linda, ela é uma mulher que o ama muito e eles se mostram um casal muito feliz. Ela pinta retratos e ele pinta paisagens. A questão transexual chega na trama, quando ela precisa terminar um quadro, que é uma bailarina amiga do casal e ela não pode ir no dia marcado. Então Gerda acaba pedindo para o marido posar para ela terminar a pintura, com as meias e as sapatinhas de balé. Não bastando, ela pede para ele por o vestido sobre os ombros para cair sobre as meias, assim facilitando a pintura. E é imediado que ele fica confortável com isso, primeiramente ele nega diz que não vai fazer, mas no momento em que ele poe as meias e segura o vestido como se fosse dele, é bem expressivo a sensação de familiaridade com aqueles trajes.
A partir daí começa, não vou dizer que o descobrimento, mas diria que de redescobrimento, por que no decorrer do filme mostra que não é uma coisa que ele desenvolve quando adulto, por que esse lado femenino ele carrega desde criança mas que ele deixou preso. Uma cena bem impactante, é o momento que Ele olha seu corpo através do espelho e seu olhar mostra a angustia de Lili, como se tivesse presa querendo sair.
Gerda começa a pintar quadro dele vestido como mulher, como se ela tivesse a capacidade de transforma-lo em outra pessoa. Einar começa a ficar cada vez mais atraído pelas vestimentas femininas e, quando Gerda tem a ideia de vestí-lo da cabeça aos pés de mulher para pregar uma peça nos amigos em um evento, Einar acaba se apegando ao seu novo personagem Lili até que ele chega ao ponto de não conseguir mais largá-la. Ele troca um beijo com um rapaz e começa a ter uma relação com ele. Mas aquilo para ele não basta, por que ele precisa se sentir uma mulher por completa e ele tem medo de ir mais além nessa relação.
Então ele deixa de ser Elinar para ser Lili e ela passa a existir na vida do casal, de tal forma que ela nunca mais tem o marido da mesma maneira de antes. Ele começa a se vestir como Lili, não só para pintar os quadros, mas usar camisolas para dormir e uma coisa que ninguém esperava era que Gerda tivesse uma reação tão receptiva de aceita-lo daquela forma.
E Lili veio para mudar a vida do casal de forma grandiosa, os quadros de passam a ter grande visibilidade, antes eram vistos como quadros comuns, mas com Lili ela passa a ter notariedade, realiza exposições, chega a viajar para Paris com as obras.
A grande questão do filme é, existe um duelo muito grande entre Eliot e Lili, um conflito entre o homem e a mulher. A partir do momento que ele vira Lili ele passa incorporar de tal forma que ele não sente os mesmos sentimentos que antes. E por viver em uma sociedade preconceituosa, o que não é diferente dos dias atuais ele sofre agressões nas ruas.
Gerda perde o marido aos poucos, a cumplicidade continua mais o casal é quebrado, a partir do momento que o marido se torna mulher. E a medida que Elinar some, Gerda e Lili se tornam amigas e é triste tambem de ver a maneira que ela aceita aquilo para não magoa-lo por que ela o ama. Ela por diversas vezes diz querer o marido de volta, procura ajuda para ele se compreender, voltar a ser homem. Mas ao ver que Lili é o verdadeiro Eu de Elinar, os dois entram na busca para ele se tornar uma mulher completa.
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