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Achados e Perdidos de Stephen King
Ano passado comecei o primeiro livro da Trilogia Bill Hodges - Mr. Mercedes. Achei o livro maravilhoso e recentemente, terminei o segundo Achados e Perdidos e trago a resenha para vocês. Calma, não contém spoilers.
SINOPSE:
“— Acorde, gênio.”Assim King começa a história de Morris Bellamy. O gênio é John Rothstein, um autor consagrado que há muito abandonou o mundo literário. Bellamy é seu maior fã e seu maior crítico. Inconformado com o fim que o autor deu a seu personagem favorito, ele invade a casa de Rothstein e rouba os cadernos com produções inéditas do escritor, antes de matá-lo. Morris esconde os cadernos pouco antes de ser preso por outro crime. Décadas depois, é Peter Saubers, um garoto de treze anos, quem encontra o tesouro enterrado. Quando Morris é solto da prisão, depois de trinta e cinco anos, toda a família Saubers fica em perigo. Cabe ao ex-detetive Bill Hodges e a seus ajudantes, Holly e Jerome, protegê-los de um assassino agora ainda mais perigoso e vingativo.
Tudo o que vocês precisam saber sobre a trama está bem explicado na sinopse, não se preocupem, não tem spoilers do primeiro livro, então vou focar apenas na minha opinião. A escrita do Stephen King continua excelente. Nesses livros do Bill Hodges, percebi, ele consegue escrever com ainda mais fluidez, talvez por não precisar deixar um clima de terror pesado, apesar das cenas de suspense darem um friozinho na espinha (nesse livro isso aconteceu, para mim, especialmente naquelas cenas que têm a ver com o primeiro livro que eu mencionei antes).
Falando no protagonista Bill, achei pouca a presença de Hodges, considerando que ele é o "dono" da trilogia. A participação dele é importante para a história, mas me pareceu bastante um personagem secundário, que o autor colocava nas cenas apenas quando necessário.
Apesar de empatizar com a situação que Peter vive ao longo do livro, confesso que não fiquei muito interessado por ele. Morris, o assassino, também não me impressionou muito. É terrível, obviamente, o que ele faz no início do livro (e até depois), mas tenho a impressão de que ele foi um vilão bem genérico e fraco (principalmente quando o comparamos com Annie Wilkes, de Misery).
Continuo adorando Jerome e Holly, que conhecemos no primeiro livro. Gostei bastante de como Holly está evoluindo na questão social, apesar de ainda enfrentar alguns problemas ao estar ao redor de pessoas. Tina, irmã de Peter, também é uma personagem importante para a história, mesmo que eu acredite que ela poderia ter sido melhor explorada.
Também gostei de todas as referências/menções que ele faz durante o livro, como a A Culpa é das Estrelas, Divergente, os seriados Criminal Minds e CSI, etc. Muitos autores não conseguem enfiar tantas menções à cultura pop sem soar forçado, mas Stephen King consegue fazer isso muito bem.
Eu esperava que Achados e Perdidos me prendesse e surpreendesse mais do que ele fez, mas ainda é um bom livro, além do final me deixar esperando ansioso a conclusão da trilogia.
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