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Mágoas Empilhadas
Mágoa é um olhar. É deixar claro que o sentimento está maduro, é ter sentimento...
As mágoas são lápides internas, pesos que foram criados apenas para serem notados e depois jogados fora; Uma mágoa é como um infarto, um semblante senil, o doce ar de envelhecer antes do tempo. Reter mágoa é magoar-se a si mesmo. Mágoa é fluido, nunca deve estancar, senão gangrena e morre.
Mágoa é perdão de criança, que lhe falta idade. É como carregar as faces do amadurecimento dentro do peito, e então, sobra o que a de melhor, luz. Magoar é estar fora de si, caminhar pra fora, De-ambular. Magoar é excesso de monotonia, é contrabando de sentimentos errados, é fruto que cai de podre.
Sem mágoa não existe perdão, não existiria pátria amada, nem falta de solução... Sem mágoa o aperto é maior, o infarto é um fato, e toda solidão é mesmice de acordar no dia seguinte.
Sem mágoa não há caminho, nem caminhar. Se não há motivo, nem causa, qual a causa de tudo isso?
Então que seja simples deixar pra traz, que seja macio, e não doloroso... Se for pra ser mágoa, que seja consciente, absoluto de certezas, e pronto para dar um fim, antes que comece a perder o controle.
( que Novembro venha e me faça esquecer todos os sorrisos, carinhos, menitras e mágoas que Outubro me deixou)
( que Novembro venha e me faça esquecer todos os sorrisos, carinhos, menitras e mágoas que Outubro me deixou)
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