Perdido em Marte (The Marcians, 2015)

Hoje é quinta e dia de cinema. Hoje fui ver Perdido em Marte (The Marcians, 2015). Esperem, não, não é Interstellar, mesmo com tantas familiaridades, não fui ao cinema esperando que fosse, acredite, não fui. Mas não estou aqui para fazer comparações entre ambos, mas sim para falar em mais uma vez hollywood resgatar Matt Damon.  

Uma coisa que não sabia e me envergonho de dizer, o filme é baseado no livro Andy Weir, também chamado Perdido em Marte (Editora Arqueiro), mas como não o li, não posso fazer aqui uma análise comparativa das duas obras, a literária e a cinematográfica. E sim, se tivesse lido, eu faria. Esse receio que algumas pessoas têm em fazer essas comparações é infundado. Quem estudou roteiro sabe: é preciso muito trabalho e respeito pela obra para fazer a adaptação da história de um livro para a tela de cinema, e ainda manter a essência da narrativa. 
No filme, conhecemos Mark Watney, um astronauta que é deixado para trás, em Marte, logo depois de ser atingido por uma antena de comunicação em meio a uma tempestade de areia violenta que obriga seus companheiros de tripulação a abortarem a missão na qual trabalhavam no Planeta Vermelho. O problema é que, além de estar incomunicável com a Terra, ninguém sabe que Mark continua vivo. Sua única chance de resgate consiste em aguardar a chegada de uma nova nave, que será enviada pela Nasa, em 4 anos. Como sobreviver, com estoque limitado de água e de comida e com recursos que foram feitos para durar por apenas 31 dias? É isto o que Watney terá que descobrir, utilizando-se do seu conhecimento de botânica e engenharia, já que se recusa a morrer em solo inóspito e sozinho.
O forte do filme é a superação, que Mark Watney se ver obrigado a conquistar dia a pós dia para garantir sua sobrevivência. Ter que encontrar formas de se alimentar, inventar uma horta com fezes, ter que reconstruir sua base, encontrar forma de se comunicar com a terra. Não se trata de um ESQUECERAM DE MIM em Marte, já que os seus colegas ficam preocupados e tristes com sua suposta morte. Mas Mark acorda e decide sobreviver diante daquelas circunstâncias tão terríveis. Afinal, ficar tantos milhões de quilômetros afastados da Terra em um planeta em que não dá sequer para respirar o ar não é para qualquer um.

O erro do filme é não ser inovador, sendo possível compara-lo com inúmeros outros. É possível fazer um paralelo com um filme superior: GRAVIDADE, de Alfonso Cuarón, no qual Sandra Bullock se vê sozinha no espaço, no meio do nada. Acontece que PERDIDO EM MARTE não é um filme de naufrágio que foca apenas nas dificuldades de sobrevivência e na inteligência de Mark, mas também vemos o que acontece na Terra quando os executivos da Nasa avisam que perderam um homem na missão espacial e depois avisam que ele está vivo para o povo, que passa a acompanhar diariamente o drama do astronauta. Também vemos, ainda que pouco, cenas na nave que se encaminha de volta para o nosso planeta.


De fato, o filme tem um elenco notável, além de Matt Damon, estão também: Jessica Chastain (A Hora Mais Escura), Kate Mara (House of Cards) e Sebastian Stan (Cisne Negro). Sim, a lista é longa, e até mesmo por isso, penso eu, alguns possam vir a fazer comparações com Interestellar, afinal, há similaridades também no elenco.  Aliando ficção científica, cenários espetaculares, uma pitada de drama e humor negro, Perdido em Marte tem a combinação perfeita para deixar os espectadores vidrados em sua trama.

Veja o trailer: 



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@flahvioh